É muito comum as pessoas pensarem que em um estudo clínico, aquele que se voluntaria estará colocando sua vida em risco em prol do progresso da ciência.
De certa forma, o participante de uma pesquisa clínica, dispõe de sua enfermidade para que estudos possam, algum dia, garantir mais conforto e qualidade de vida às gerações que terão a mesma doença no futuro. Entretanto, esse processo funciona de forma muito mais segura do que o que se imagina.
Em primeiro lugar, o estudo clínico não é escolhido de forma randomizada. O objetivo principal dele é o de beneficiar a população, investigando e adquirindo dados científicos sobre diferentes patologias e seus possíveis tratamentos. Dessa forma, é possível encontrar possibilidades de melhorias na qualidade de vida de pacientes com essas enfermidades.
Entende-se então, que para o participante, recorrer a uma pesquisa clínica em si já é buscar por um benefício. Mas esse benefício, é certamente, uma via de mão dupla, e portanto, necessita de um cuidado extra com cada uma das partes envolvidas.
Entre os direitos referentes à proteção dos participantes de pesquisa estão: recebimento de informações do estudo de forma clara, de assistência gratuita, integral e imediata por danos (quando necessária) e ter assegurada a confidencialidade dos seus dados e sua privacidade, entre outros.
Nesse sentido, não existe margem aberta para ferir a segurança deste participante, visto que eticamente vai contra o regulamento atual e atenta contra suas vidas, indo de forma divergente ao objetivo inicial de todo esse processo, que é o de salvar mais vidas.
E a ele, cabe não apenas agregar para o desenvolvimento da ciência, mas também enxergar novas possibilidades para encontrar uma cura ou um tratamento mais eficaz para sua própria doença.
Durante as quatro etapas de um estudo clínico, o participante precisa se sentir confortável em fazer parte deste ensaio para que a pesquisa possa seguir de forma assertiva para ambos os lados.